Carolina Barbato, demonstrou talento e profissionalismo no set do projeto Cinema Possível, atriz iniciante, mas com experiência em teatro, grupos e festivais, ela marca sua presença no audiovisual, ao aceitar nosso convite para protagonizar o videoclipe "Os Vícios Teus", dirigido por Jiddu Saldanha, apoiado por uma equipe formada por Ravi Arrabal, Julia Lima, Yuri Vasconcellos, Pedro, Hugo, Azul Cazu e Júlia Lima.
Leia Entrevista na Íntegra.
Cinema
Possível – Fale um pouco da tua relação com o teatro, como foi que tudo
começou.
Carolina Barbato - Tenho a
vida voltada para o teatro desde os oito anos de idade, quando conheci no
colégio a arte de interpretar. Depois disso, qualquer envolvimento artístico se
tornou principal interesse em minha vida. Conhecer pessoas nunca foi
problema e as mesmas vieram numa troca de energias e contatos ótimas! Tive
as mesmas questões familiares que muitos jovens têm em relação a
escolha perante sua profissão, mas nada tão extremo que impedisse de
eu me mudar para a capital afim de batalhar por algo que sinto
fluir nas veias. Depois que você se encontra com o que sente ser seu
ofício, não há argumentos que conspirem contra a força da sua
vontade.
CP –
Quais são as coisas que marcaram sua vida e que você gostaria que as
pessoas soubessem.
CB - Creio que a coisa
mais marcante em minha vida foi uma apresentação de um esquete
no fesq 6º (Festival de Esquetes de Cabo Frio) quando meu pai me viu
em cena pela primeira vez. Era um trabalho inspirada no conto "Além
do ponto'' do escritor Caio Fernando Abreu que recebia o mesmo nome.
Meu pai sempre foi turrão e teimoso o suficiente para exigir de mim um concurso
público ou uma faculdade 'segura'. Lembro-me que após a apresentação,
desci do palco no intervalo e, com o figurino mesmo corri ao encontro dele. Foi
emocionante ver aquele que sempre foi meu gigante de ferro se derreter com os
olhos de uma criança e dizer, com a voz embargada : "Que bom que você
nunca me ouviu e desistiu. Você precisa fazer isso. Pra sua vida.'' Depois
desse episódio, nunca mais houve discussão sobre minha escolha de profissão,
pelo contrário, houve e há até hoje um gigante que frequenta teatros da vida para
prestigiar sua pequena.
CP –
Que livros você lê, leu e que filmes, músicas, você gosta?
R – Sou leitora assídua de uma
forma de escrita mais urbana, realista. Como boa canceriana, histórias de
amores impossíveis com diálogos preenchidos de paixão me fascinam por demais! E
também um certo fascínio pela loucura... Acredito no uso das palavras,
sons e imagens como bons reveladores da alma humana, como formas vivas e
complexas (vez em quando até demais) de tentar entender um pouco mais
de si. Ou simplesmente confundir mais ainda, por isso talvez minha aversão às
ficções (científicas, 'dinossáuricas', 'animalescas falantes' e afins). Música
me remete sempre à boa MPB e seus encantos. Gosto do foco na nossa
cultura, tanto em música quanto em literatura. Não conheço dor que um
samba malemolente não cure ou revele. O cinema me estremece!
Argentino, francês, nacional... É de uma sensibilidade enorme poder ver com
seus olhos visões tão distintas de tantos artistas diferentes e
diferenciados.
Atenta, Carolina ouve as dicas de Ravi Arrabal que além de ator ajuda a fazer de um tudo, no set do Cinema Possível. |
CP –
Como foi, pra você, a primeira experiência vivida com o Cinema Possível? Qual
sua impressão do projeto.
CB – Admiro pessoas que
encasquetam coisas na cabeça e seguem o fluxo sem se deixar abater por qualquer
dificuldade menor que a grandeza das artes. Foi um encontro lindo, na hora
certa e no lugar certo. A vivacidade desses dois (Ravi e Jiddu) me deixavam
muda, muitas vezes. Talvez por ser observadora demais ou por estar em constante
estado de descontração e relaxamento. Foi uma acolhida muito generosa e
agradeço muito pelo convite. Foi uma prazer enorme. "Que sorte a
minha!" rsrs.
CP –
Quem é Carolina Barbato, por Carolina Barbato?
CB - Além de ser
cliché até a alma e acreditar em toda pieguisse existente no
universo, uma menina de olhos grandes que berra através deles por um
espaço onde alguém escute tais berros. Um palco, quem sabe?
Assista o videoclipe "Os Vícios Teus" com Carolina Barbato
Confira o making of do videoclipe, "Os Vícios Teus".
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